O ano de 2008 marca datas muito importantes, os 100 anos de morte de Machados de Assis, 40 anos do ano de 68 que marcou uma geração de sonhadores com uma sociedade justa, centenário de Oscar Niemayer.
O que muita gente desconhece uma data importante para arte popular, há cem anos nascia Solano Trindade, militante do Partido Comunista, poeta, ator, folclorista, teatrólogo, comunista e grande defensor da arte como instrumento de valorização do povo. Para Solano, a arte deveria ser instrumento libertador. Lutava de forma incansável pela popularização do teatro no Brasil, criou um grupo teatral composto por trabalhadores que revolucionou a arte de interpretar.
Para Caxias, Solano tem uma importância que a maioria desconhece. Para reverter esse quadro o Conselho Municipal de defesa do Direito do negro e promoção étnica e Igualdade racial e a Biblioteca Comunitária Solano Trindade compõem a comissão do Centenário Solano Trindade – Duque de Caxias. A comissão está preparando um calendário com as atividades que mobilizará os grupos artísticos da cidade para homenagear o Poeta do Povo.
Entre os eventos será organizada a Mostra multi-cultural Solano Trindade em que os grupos artísticos de Duque de Caxias desenvolverão em suas áreas apresentações baseadas na vida e obra de Solano Trindade.
A intenção levar a Mostra nos quatros distritos da cidade.Entre outras atividades culturais estamos preparando um livro com poesias inéditas de manuscritos originais que a Biblioteca Comunitária Solano Trindade recuperou que hoje faz parte de seu acervo, mas que em breve será repassado a família. E juntamente com o livro, será produzido um documentário sobre sua vida, e principalmente sua passagem por Duque de Caxias.
O lançamento do livro e a exibição do documentário encerrarão as comemorações do Centenário em local ainda a serem definidos.Solano foi um árduo defensor da liberdade, das coisas do povo, eterno lutador da arte popular, buscamos com o Centenário Duque de Caxias fazer justiça ao primeiro poeta negro, e que hoje transcende as barreiras do preconceito, se tornando o maior dos poetas que denunciavam a pobreza, opressão, injustiças e desigualdades. Por isso tudo que em 2008 lembramos o que se não for o maior dos poetas, era o Poeta do Povo.
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