Artigo publicado originalmente na Revista Pilares da História nº 08, do Instituto Histórico da Câmara Municipal de Duque de Caxias - RJ
"Pré-vestibular para negros e carentes e Biblioteca Comunitária,
duas histórias, um nome: Solano Trindade"
Antonio Carlos de Oliveira Magalhães[1]
Ao iniciar este artigo é importante frisar que este pequeno esforço almeja fazer justiça a duas iniciativas de movimentos populares de Duque de Caxias: o Pré-vestibular para negros e carentes - Núcleo Solano Trindade, em Jardim Primavera, criado em 1995, que aqui chamaremos de PVNC; e, a Biblioteca Comunitária Solano Trindade (BCST), no Cangulo, inaugurada em 2006. Buscamos aqui a tentativa de relatar como tais inciativas interligam-se, objetivando o registro do esforço e não perdendo o foco na análise da sua importância para a História local.
O PVNC surgiu na Baixada Fluminense em 1993, em função do descontentamento de educadores com as dificuldades de acesso ao ensino superior, principalmente, dos estudantes de grupos populares e discriminados. O PVNC também surgiu visando à articulação de setores excluídos da sociedade para uma luta mais ampla pela democratização da educação e contra a discriminação racial[2].
É interessante nos determos primeramente acerca dos conceitos de pré-vestibular. O que se propõem os cursinhos de pré-vestibular particulares e denominados comunitários ou populares. O objetivo único e principal dos pré-vestibulares privados, é a satisfação do cliente que paga pelo ensino e espera pela aprovação vestibular. O aluno ingressa esperando que seja capacitado para enfrentar o vestibular, e assim garantir sua vaga na universidade pública, visto que, hoje as universidades particulares diversificaram seu acesso ao seu quadro de vagas.
No outro lado desta questão nos deparamos com os pré-vestibulares comunitários, que na década de 90 teve com principal expoente o PVNC, e que trataremos em especial o nucleo Solano Trindade, de Jardim Primavera. E para estabelecermos um parâmetro podemos citar Renato, 2005 Os pré-vestibulares populares são, desde os anos 90, um dos mais importantes movimentos de tensionamento do sistema educacional do Brasil. “Aparentemente” concebidos/percebidos como uma crítica à elitização da universidade, eles foram difundidos por todo o país através da atuação de entidades e militantes do Movimento Negro, que naquela década, trouxeram à tona o debate sobre as desigualdades raciais na sociedade brasileira, tendo então a educação como esfera central de expressão e reprodução. O núcleo organizacional do início da difusão deste movimento foi o Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC)2, criado na Baixada Fluminense por militantes da luta anti-racismo, cuja atuação transitava entre e articulava a discussão racial nos campos religioso, partidário e da educação”[3]. No PVNC sempre trabalhamos com os objetivos a curto, médio e longo prazo. A curto prazo, o período em que o aluno faz parte da vivência nos núcleos, as questões que acreditamos ser necessária a construção de uma consciência racial e de classe. As aulas de “Cultura e cidadania”, é o diferencial dentro da proposta político-pedagógica. Nesse momento em que não tratamos dos conteúdos normais que são exigidos nos vestibular, procuramos contextualizar em dabates e fóruns as questões como a luta de classes, questão racial, meio-ambiente, preconceito, economia, relações de genêro etc.
O objetivo a médio prazo é o que mais assemelha o PVNC aos pré-vestibulares privados, que consiste em aprovar o aluno no vestibular. Mas mesmo quando isso não ocorre identifica-se uma interação entre integrantes a ponto de consolidar laços de solidariedade que o convoca a continuar e persisitir no sonho da universidade pública.
E o que nos remete a este pequeno esforço é dissertar acerca do objetivo a longo prazo do PVNC, lançar no futuro a consciênciade profissionais comprometidos com o projeto transfomador da sociedade, através de práticas emancipadoras, engajadas e libertárias.
Em Jardim Primavera com iniciativa da Pastoral da Juventude da Igreja de Sant’Ana, em fevereiro de 1995, foi organizado o núcleo de PVNC, após a visita de Sérgio Max, que era encarregado de assessorar a organização de novos núcleos.
Inicialmente, com as aulas sendo realizadas na Escola Estadual Alexander Graham Bell, e no ano seguinte, sendo transferidas para a Escola Estadual Hélio Rangel. No primeiro ano, um novo grupo de pessoas passou a integrar a coordenação do núcleo: eram integrantes de Juventudes Socialistas ligadas ao movimento estudantil. Esse novo quadro do PVNC-Núcleo Sant’Ana passou a materializar em parte, mesmo que fosse bem localizada, o sonho revolucionário daqueles jovens. O núcleo Sant´Ana desenvolveu-se, ganhou credibilidade da comunidade, e já em 1996 a coordenação era composta, em sua maioria, por militantes estudantis, passando a ter uma feição mais político-ideológica, do que prática caridosa católica, o que em nada desmerecia a contribuição inquestionável do grupo da pastoral da juventude ao projeto, mas era marcadamente a influência desse grupo sendo realizada na Igreja de Sant´Ana uma missa de ação de graças pelo primeiro ano do projeto em março de 1996. As principais lideranças do movimento do Pré-vestibular para negros e carentes a nível estadual eram ligados aos setores progressistas da Igreja Católica na baixada fluminense. Portando foi fundamental a contribuição da Pastoral do Negro e da Juventude ao PVNC, minha intenção é esclarecer o processo de escolha do nome de Solano para marcar esse novo período do PVNC.
Para marcar essa mudança em termos de orientação política, a coordenação e alunos decidiram mudar o nome do núcleo. Numa discussão acalorada, houve um debate intenso entre os partidários de se manter a homenagem a Sant’Ana, e outra parte do grupo buscava marcar essa nova fase do PVNC em Jardim Primavera.
Em meio ao debate acerca do novo nome do núcleo partiu de um professor a idéia do nome de Solano Trindade, até então desconhecido para a maioria, mas bastaram cinco minutos falando sobre Solano Trindade para que todos se encantassem por sua biografia. Após isso, o grupo mergulhou intensamente na poesia do grande poeta e na militância do eterno comunista, suas palavras mais do que poemas soaram como uma convocação:
Toque de Reunir
Vinde irmãos macumbeiros
Espíritas, Católicos, Ateus.
Vinde todos os brasileiros.
Para a grande reunião.
Para combater a fome
Que mata nossa nação.
Vinde Maria Pucheria.
João de Deus. José Maria.
Anicacio. Zé Pretinho
Para a grande reunião
Para combater a malária
Que mata nossa nação
Vinde trapeiro, pedreiro.
Lavrador, arrumadeira.
Caixeiro, funcionário.
Combater a tuberculose
Que mata nossa nação.
Vinde irmãos sambistas.
Da favela. Da Mangueira.
Do Salgueiro. Estácio de Sá.
Para a grande reunião.
Combater o analfabetismo
Que manta a nossa nação.
Vinde poetas, pintores
Engenheiros, escritores.
Neogociantes e médicos.
Para a grande reunião.
Combater o facismo
Que mata a nossa nação.
Um tema recorrente na trajetória do PVNC é certamente a expressão “negros e carentes”, que é fruto das mais variadas interpretações e avaliações como “preconceituoso”, “auto-excludente” ou mesmo “discriminador”. É nesse questionamento que fomos buscar em Solano Trindade a inspiração para defender o conceito, não excluindo a questão étnica, mas buscando uma relação entre as questões de classe e étnica.
Maria do Carmo, 2005, escreve
“Ser preto significou, eticamente para Solano, uma identificação com os negros e com os pobres que, no período, era vista como uma “inferioridade cultural” envolvida no “misticismo” e na “superstição”, o oposto da ciência, símbolo de modernidade e do progresso. Os traços da “inferioridade cultural do brasileiro” seriam marcantes na língua que o antigo escravo “estropeou”[4]; e na religiosidade, devido ao sincretismo religioso, com a permanência de fortes traços do culto aos “orixás”[5].
Solano continua atual e revolucionário quando busca o entendimento entre a questão étnica e social, enquanto a esquerda perdeu tempo discutindo em qual área deveríamos investir esforços, sua prática estava na vanguarda, não se limitava somente ao discurso panfletário do denuncismo da exclusão de pobres e negros, mas a busca de afirmação num contexto de supremacia branca e elitista faz-se necessário uma postura de embate, e o impacto que a expressão “negros e carentes” tem na sociedade é certamente o que sempre Solano defendia em suas poesias. A herança escravocrata do discurso de que tudo associado ao preto era associado ao mal, tal ideía foi internalizada pelos negros, sendo necessário hoje o desenvolvimento das políticas afirmativas. E a escolha do nome “negros e carentes” se propõe a afirmação da negritude, mas, assim como Solano, acreditávamos que a luta não se resumia somente à questão do racismo, mas a necessidade da construção da consciência de classe. Novamente recorrendo ao trabalho de Maria do Carmo, ela escreve:
As pessoas que compunham o corpo de artistas do Teatro Popular Brasileiro eram selecionadas nos morros, rodas de samba e terreiros de macumba do Rio de Janeiro. Solano Trindade afirmava “gostar de ir à fonte buscar os seus artistas[6]”.
Acusado de explorar negros em seu teatro responde:
“Alguns empresários inescrupulosos quando quiseram os elencos por mim preparados usaram da chantagem de me chamar de explorador de negros. Operários, funcionários públicos, empregadas domésticas e até marginais transformando-os em artistas e profissionais que atuaram em teatros, boates, cinemas rádio e tv do Brasil e do exterior. Exploro negros sem nenhuma ajuda oficial e vivo numa miséria que faz gosto, ensinando-lhes tema do nosso populário , a música, a dança, a mímica, a poesia e o ritmo do nosso povo. Hoje até alguns brancos estão sendo explorados por mim através dos cursos que realizei[7]”.
O Teatro Popular Brasileiro atuava junto às camadas de baixa renda, formando artistas através de cursos de interpretação, dicção e danças.
Ao observarmos os espaços onde Solano Trindade selecionava os seus artistas, podemos afirmar que, além do compromisso de classe social, o fundador do Teatro Popular Brasileiro desejava oferecer aos negros e mestiços a oportunidade de ingresso na instituição cultural, ou pelo menos essa oportunidade era oferecida aos que eram comprometidos com a cultura afro-brasileira.
É interessante destacar a função social que o teatro exercia: ao representar a dimensão social do seu cotidiano, o artista estava adquirindo e oferecendo ao seu grupo social uma nova dignidade, ou seja, estimulando a capacidade de criar, revitalizando a inteligência, a sensibilidade e a sociabilidade presentes nas classes populares. Através da representação da “cultura popular” era possível construir uma nova consciência, um elo de ligação entre o seu “lugar social” e a sociedade mais ampla”
Além da questão do conceito “negros e carentes” como afirmação, é necessário esclarecer que nos importa para o registro é embate de idéias, não emitir juízo de valor sobre as fases do PVNC em Jardim Primavera, a questão fundamental é ressaltar os resultados desta iniciativa e suas influências na comunidade.
A cada ano de funcionamento do núcleo do PVNC, agora “Solano Trindade”, em Jardim Primavera, as pessoas que até então não tinham condições de cursar o nível superior, passam a contrariar as estastíticas lutando contra o sistema de exclusão que vem desde as séries iniciais até o ensino superior. Um dos objetivos do PVNC em longo prazo é conscientizar seus alunos do papel enquanto classe social marginalizada, buscar reverter em ações práticas o conhecimento adquirido na academia.
Todos os envolvidos no PVNC-Solano Trindade contribuíam de alguma forma, direta ou indiretamente. Sempre recebíamos visitas de lideranças da comunidade levando suas mensagens de ânimo e esperança. Organizavamos as tradicionais “Feijoadas dançantes” para angariar fundos para as inscrições nos vestibulares, ainda não havia o processo de isenção das taxas. Nos almoços comunitários, em que cada um levava algum alimento pra compartilhar na mesa em comum. Nas tardes, nas salas quentes do PVNC, desde 1995, quando não contava com apoio suficiente de professores voluntários para oferecer o conteúdo de forma satisfatória: tínhamos três professores que se dividiam por todas as disciplinas. Mesmo diante de tantos desafios, problemas e necessidades, os resultados foram alcançados de forma heróica, em que esses primeiros alunos tornaram-se ícones de um modelo de luta e superação.
Entre os anos de 1996 e 2003, o núcleo Solano Trindade de PVNC, levou centenas de pessoas às universidades públicas e privadas, não há muito de novo nesse dado, mas o diferencial está na forma como a formação acadêmica é encarada. Há inúmeros casos, de ex-alunos do PVNC/Núcleo Solano Trindade que hoje assessoram Ong´s, contribuem com sua atuação profissional em suas comunidades.
Mas, o legado ideológico direto dessa iniciativa é materializado na Biblioteca Comunitária Solano Trindade, localizada no Cangulo, um dos bairros mais pobres de Duque de Caxias, que podemos citar a pesquisa desenvolvida na Feuduc sob a oritenação do Prof. Augusto Bráz, em que escrevi junto com Alessandra Moreira e Ana Cristina Musso “...segundo um famoso ditado nordestino, ‘quem come cangulo cresce caculo’[8]. No decorrer de nossa pesquisa, podemos comprovar esse ditado, pois apesar de inúmeras dificuldades enfrentadas pelos moradores do bairro, estes conseguem transpor as barreiras do descaso público e do preconceito, por serem vistos como moradores de uma área periférica, desprovida de recursos e esteticamente não muito atraente. Tal qual um cardume em meio as ações da natureza”, os “cangulenses”, assim como o Cangulo[9], desenvolvem defesas contra o abandono e o o descaso. A vida cotidiana é uma luta constante, sinal de força e coragem e resistência, almejando um crescimento não só material, mas também como seres humanos que valorizam onde moram, construindo assim um sentimento de auto-estima[10]
Normalmente, as classes populares encaram a formação superior como uma conquista, algo que permeia os projetos de vida, possibilidade de ascender de classe e “vencer na vida”. Mas a organização da Biblioteca Comunitária Solano Trindade (BCST), por ex-alunos do PVNC-Núcleo Solano Trindade, apresenta-se como a mudança dessa forma de pensamento. Podemos afirmar que a BCST foi sendo gestada desde os primeiros anos do PVNC-Núcleo Solano Trindade em Jardim Primavera.
A BCST é a proposta de repensar a função do conhecimento, é a busca por construir novos conceitos sobre como reverter para sua comunidade suas habilidades específicas. O ensino superior não é somente um degrau para mudança de classe, mas sobretudo contrariar as estatísticas da exclusão, levando cada vez mais à universidade a classe popular, para que a academia produza conhecimento em que as classes populares usufruam desse avanço.
A BCST é uma prática desse novo pensamento, jovens que acreditam que levar a uma comunidade, como o Cangulo, o simples hábito da leitura pode mudar mentes, ou ao menos fazer com que essa comunidade repense o quanto alegra as elites a famosa frase “eu detesto ler”, desta forma a comunidade não terá novas palavras, não terá novas histórias, os conceitos não serão revistos, os padrões serão facilmente aceitos, os pífios salários pacificamente recebidos, os deuses constantemente criados, a submissão eternamente praticada.
Quando Solano escreveu “Trem da Leopoldina, correndo , correndo parece dizer...tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome.., tem gente com fome”[11], externa em palavras simples o que o povo sentia, seus versos conseguiam transformar em beleza e simplicidade poética, o sofrimento do povo.
Não havia outro nome para homenagear em nossa biblioteca que não fosse o de Solano, fonte de inspiração para nossas oficinas de Poesia, em que Bruno Max, 17 anos, escreve:
“Bom dia para todos, o sofredor,
também para quem sofre, pra quem quer ser doutor.
De Raiz a Central o trem reuni geral!
Vai juntando o pessoal.
Faz um clima na moral.
De Caxias pra lá e a maior atenção.
Quem gosta do trabalho tem que olhar a estação...
Nessas coisas de trem você sabe como é
O cara não tem sorte e com certeza vai em pé...
Na hora o tempo é curto. Quando o alarme dispara
Se não vai levar uma encravada, atrasado diante da mesa do patrão
Tendo que escutar quieto a droga do sermão
Patrão não quer saber o motivo do atraso
Não esta nem ai se o trem já vem lotado....
Peões, empregados, oficce-boys
Diaristas, domésticas, pedreiros
Estilos de vida de quem trabalha o mês inteiro
Sempre trabalhando para nunca passar o aperto
No alto relevo do trem aos trinta dias passo a vida
Bater cartão com patrão marcando em cima
Fazer o que? É a nosssa vida.
Nas palavras carregadas de simplicidade, consciência e contida revolta, Bruno Max dá continuidade ao legado de Solano, não é só o nome de Solano Trindade que está grafitado nas paredes, mas no coração e prática de todos que estão envolvidos com a BCST. Neste pequeno artigo tentei externar o quanto Solano está vivo em nossa luta, o quanto nos inspira como eternos sonhadores da sociedade igualitária, e amantes da arte que liberta mentes, e nesse ano do centenário do Poeta do Povo é importante para que todos saibam quem foi ele, e continua sendo, presentes nas vozes das periferias, nos sons dos atabaques, no grafite, nos pincéis, a elasticidade das danças e principalmente na dança da vida de quem continua acreditando... e quando não acreditarmos mais, até nesse dia recorreremos aos seus versos...
Quando deixarei de me prender aos seres e as coisas?
Quando me livrarei de mim?
Do que sou, de que quero, do que penso?
Quando deixarei de prantear?
No dia em que eu deixar de ser eu
No dia em que perder a consciência
Do mundo que eu idealizei...
Neste dia...
Eu sorrirei sem saber do que sorrio.[12]
Quando me livrarei de mim?
Do que sou, de que quero, do que penso?
Quando deixarei de prantear?
No dia em que eu deixar de ser eu
No dia em que perder a consciência
Do mundo que eu idealizei...
Neste dia...
Eu sorrirei sem saber do que sorrio.[12]
[1] Coordenador da Biblioteca Comunitária Solano Trindade, Coordenador do PVNC-Castro Alves – Saracuruna, Graduando em História pela FEUDUC.
[2] Accesso em 03/2008 - http://pvnc.sites.uol.com.br/historicopvnc.htm
[3] In: Carvalho, José Carmelo et. al. "Cursos Pré-Vestibulares Comunitários:Espaços de mediações pedagógicas". Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio , 2005
[4] Termo usado por Edison carneiro em CARNEIRO. Op.cit. p.238 nota 60.
[5] Gregório, Maria do Carmo.SOLANO TRINDADE: Raça e Classe, Poesia e Teatro na Trajetória de um Afro-brasileiro (1930-1960)/ Maria do Carmo Gregório. Rio de Janeiro: UFRJ/IFCS-PPGHIS, 2005. pp. 48
[6] TPB, op. cit. nota 164.
[7] COISAS, op. cit. nota 201.
[8] caculo: sinonimo popular de cangote ou cagote; o povo nordestino o considera sinal de força, coragem e resistência.
[9] Cangulo: peixe teleóstico, tem coloração geral cinza-esverdeada, com manchas em outras cores, e é tido por venenoso certos períodos do ano.
[10] Formação do loteamento, origem fundiária, vida cotidiana e panorama do atual do bairro Cangulo. Alessandra Moreira, Ana Musso, Antonio Carlos de Oliveira. FEUDUC.2006
[11] Trindade, Solano. Cantares ao meu povo. 1996. Editora brasiliense. pp. 34
[12] Trindade, Solano. Cantares ao meu povo. 1996. Editora brasiliense. pp 71.