sábado, 28 de junho de 2008

Biblioteca Comunitária Solano Trindade e Conselho de Defesa do direito do negro em Festival em homenagem a Solano Trindade em Embu das Artes - SP




A razão de ser da cultura popular, expressada em diversas faces da arte, das tradições folclóricas, do patrimônio material e espiritual de um povo, encontrou em Solano Trindade sua marca de manifestação. “Solano”, originário do latim, significa “O vento do levante”. Há quem interprete a palavra como “Vento forte da África”. E foi como um forte vento afro-brasileiro que Solano Trindade movimentou os cenários da cultura popular por onde passou, principalmente entre os anos 30 e 60.



Francisco Solano Trindade nasceu no berço miscigenado da cultura popular, no bairro São José, Recife, Pernambuco, em 24 de julho de 1908. No Embu, ele chegou em 1961 e se apaixonou pela cidade, sendo um dos precursores do movimento que a transformaria em Embu das Artes. Poeta, escreveu Poemas D’uma Vida Simples (1944), Seis Tempos de Poesia (1958) e Cantares ao Meu Povo (1961). Ator, foi o primeiro a interpretar Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, no teatro, e participou de filmes como O Santo Milagroso, Agulha no Palheiro e, como co-produtor de Magia Verde, foi premiado em Cannes. Multifacetado, Solano foi também teatrólogo, folclorista, pintor. Sua obra recebeu elogios de intelectuais do porte de Sérgio Milliet, Carlos Drummond de Andrade, Roger Bastide, Otto Maria Carpeux, Darcy Ribeiro, entre outros. Dentre seus poemas, Tem Gente com Fome foi talvez o mais famoso e elogiado, tendo sido musicado em 1975 pelo grupo Secos & Molhados. A censura, no entanto, proibiu a execução e somente em 1980 Ney Matogrosso, já em carreira solo, incluiu a música em seu disco. O multiartista faleceu em fevereiro de 1974, deixando sua arte como legado.




Centenário Solano TrindadeCom o propósito de reviver Solano Trindade no seu centenário – a 24 de julho de 2008 – por meio da herança de sua nobre arte e cultura populares, a Prefeitura de Embu dará início à celebração com uma série de atividades que terá a cidade como palco, a partir de 4 de julho. Antecipando a comemoração, dois livros lançados dia 25/6 pela Editora Nova Alexandria resgatam a obra poética do artista: Poemas Antológicos de Solano Trindade e Tem Gente com Fome.




O Centenário Solano Trindade promete movimentar o cenário da cultura popular afro-brasileira. Confira abaixo a programação e participe. É imperdível:




4/7 - Sexta-feira - Centro Cultural Embu das Artes – Lgo. 21 de Abril, 29 - Centro19h –






Abertura do Centenário Solano TrindadeCerimônia de Lançamento do Selo e Carimbo Postal Personalizado Comemorativos do Centenário Solano TrindadeShow de Vítor da Trindade - Cantando Solano Trindade, Meu Avô! do Maracatu do Teatro Popular Solano Trindade e coquetel.




5/7 - Sábado - Centro Histórico 11h -






Abertura do 2º Festival Gastronômico: o Centenário envolve os aromas e sabores da culinária de Embu, onde pratos de 9 restaurantes têm os nomes das poesias de Solano Trindade




12 e 13, 19 e 20/7 - sábados e domingos -






Feiras livres, praças e Centro HistóricoEntre 10 e 17h - Treze poetas embuenses declamam poesias de Solano Trindade:Andrea Neres, Arimatéia, David, Emerson Santana, Fábio, Guilherme, Luiz Fiais, Nei Silva, Noel, Paulo Tadeu, Solemar (Sol), Takumi Roberto e Toninho Poeta




Apresentações artísticas no Teatro Popular Solano Trindade Avenida São Paulo, 100 – Centro




24/7 - quinta- feira - das 17 às 22h Cia. Capulanas



Negronei e o Rosário



Vitor da Trindade - Cantando Solano Trindade, Meu Avô!



Teatro Popular Solano Trindade com a dança Coco de Alagoas e Pernambuco




25/7 - sexta-feira – das 17 às 22h






Negritos do Samba



Bloco do BarataManinho da Cuíca Revista do Samba Borba, Murilão e Silvio Modesto Fabiana CozzaOsvaldinho da Cuíca




26/7 - sábado - das 15 às 22h






Núcleo de Repertório do Teatromovimento



Moleques de Caxias (Biblioteca Comunitária Solano Trindade - Cangulo)



A Quatro Vozes (grupo vocal feminino)



Ballet Afro KotebanTião Carvalho (cantor, compositor, músico, dançarino e pesquisador maranhense)



Ilu Krugli, criador do Teatro Vento ForteNaipe de Percussão do Teatro Popular Solano Trindade Ilá Dudu Z'Africa Brasil



Teatro Popular Solano Trindade com a dança Jongos Mineiro, Fluminense e da Serrinha




27/7 - domingo – 13 às 21h






Encerramento Solaninho Frevo da Carla Folia de Reis Gonçalves



Tropeiros da Serra



Congada de São Bernardo



Teatrando ( Grupo da Biblioteca Comunitária Solano Trindade - Cangulo)



Grupo Cupuaçu



Centro de Estudos de Danças Populares Brasileiras



Allan da Rosa e Aline Reis: Poesia e AcordeonAyrá Otá



Vítor da Trindade e Carlos Caçapava



Banda de Percussão Feminina Ilú Obá De MinSetswana



Music Dance (grupo de dança da África do Sul)



MulunguBloco do Urucungos, Puítas e Quijengues



Teatro Popular Solano Trindade com a dança Maracatu







Tem gente com fome






“Trem sujo da Leopoldina,/ Correndo correndo,/Parece dizer:/ Tem gente com fome,/ Tem gente com fome,/ Tem gente com fome.../ Piiiii!/(...) Só nas estações,/Quando via parando,/Lentamente, começa a dizer:/Se tem gente com fome,/Dai de comer.../Se tem gente com fome,/Dai de comer.../Mas o freio de ar,/Todo autoritário,/Manda o trem calar:/Psiuuuuu...”






Solano Trindade

terça-feira, 24 de junho de 2008

CENTENÁRIO FRANCISCO SOLANO TRINDADE: Câmara Municipal do Rio de Janeiro homenageia o centenário de Solano Trindade

















Em solenidade na Câmara Muncipal do Rio de Janeiro por inciatica do Vereador Sthepan Nercessian, a família Trindade recebeu a medalha Pedro Ernesto em comemoração aos 100 anos de nascimento de Solano Trindade. Representando a família Raquel Trindade e Vitor da Trindade, Mc Trindade e Manuel Trindade. Estiveram presentes a solenidade artistas, políticos, ativistas, lideranças comunitárias, em especial o Prof. Antonio e Alexssandra representando a Biblioteca Comunitária Solano Trindade e Geanne Campos, presidente do Conselho Municipal de defesa do direito de negro e da promoção étnica e igualdade racial de Duque de Caxias, juntamente com Jairo secretário do Conselho.


segunda-feira, 23 de junho de 2008

Centenário Francisco Solano Trindade: Antologia reúne os melhores poemas de Solano Trindade


Lançamento do livro Poemas antológicos de Solano Trindade comemora o centenário de nascimento do grande “poeta negro”

A coleção Obras Antológicas da Editora Nova Alexandria reúne, em seu mais novo volume, o melhor da produção poética do pernambucano Francisco Solano Trindade, grande defensor e divulgador da cultura negra no Brasil. Poeta, pintor, ator, jornalista, teatrólogo e ativista cultural, Solano construiu sua trajetória falando de amor, liberdade e justiça, conceitos que nortearam sempre sua vida e sua obra. Poemas antológicos é, portanto, a grande contribuição que o “poeta negro” legou à posteridade.

Integram a coletânea poemas como Tem gente com fome, musicado pelo grupo Secos e Molhados, que foi proibido pela ditadura militar, e Mulher barriguda, gravado pelo mesmo grupo. Outros poemas como Canto à mulher negra e Uma negra me levou a Deus evocam o amor sensual, despido de preconceitos, reafirmando o talento de Solano também como poeta lírico. Há, ainda, Barca Suzana, Maracatu da boneca de cera, Xangô e Natal na minha terra, entre outros, que permitem entrever o divulgador apaixonado da cultura e da tradição populares.

A importância de Solano Trindade foi devidamente reconhecida por intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, Darcy Ribeiro, Sérgio Milliet. Drummond, aliás, fez questão de ressaltar o seu papel de legítimo representante das camadas menos favorecidas: “A leitura dos seus versos deu-me confiança no poeta que é capaz de escrever Poema do Homem e O Canto dos Palmares. Há nesses versos uma força natural e uma voz individual, rica e ardente, que se confunde com a voz coletiva”.

A leitura de Poemas antológicos de Solano Trindade é um convite à reflexão. O autor leva-nos a repensar conceitos como democracia racial e sincretismo religioso. A discussão em torno da adoção de cotas raciais nas universidades é outro fator que mostra a atualidade de sua poesia, sempre aberta ao debate, declaradamente reivindicatória, mas nunca rancorosa. Com Solano Trindade, O canto de Palmares, em pleno século XXI, mostra-se atual nos vários movimentos que o grande porta-voz da negritude brasileira ajudou a consolidar.

“Poeta da negritude”, Solano Trindade nasceu em Recife, em 1908, onde cresceu em meio à dança e à música folclórica da região. Adulto, participou de várias atividades nos muitos locais em que morou. Morreu no Rio de Janeiro, em 1974.

Poemas Antológicos de Solano Trindade
Apresentação de Zenir Campos Reis/ Ilustrações de Raquel Trindade
168 - Páginas - R$ 35,00 – ISBN 978-85-7492-151-8




Mais informações: Janaína Gomes/ Dora Cristina Vieira – Tel.: 6215-6252





domingo, 22 de junho de 2008

CENTENÁRIO FRANCISCO SOLANO TRINDADE: 100 DE POESIA DE UMA VIDA SIMPLES


O ano de 2008 marca datas muito importantes, os 100 anos de morte de Machados de Assis, 40 anos do ano de 68 que marcou uma geração de sonhadores com uma sociedade justa, centenário de Oscar Niemayer.


O que muita gente desconhece uma data importante para arte popular, há cem anos nascia Solano Trindade, militante do Partido Comunista, poeta, ator, folclorista, teatrólogo, comunista e grande defensor da arte como instrumento de valorização do povo. Para Solano, a arte deveria ser instrumento libertador. Lutava de forma incansável pela popularização do teatro no Brasil, criou um grupo teatral composto por trabalhadores que revolucionou a arte de interpretar.


Para Caxias, Solano tem uma importância que a maioria desconhece. Para reverter esse quadro o Conselho Municipal de defesa do Direito do negro e promoção étnica e Igualdade racial e a Biblioteca Comunitária Solano Trindade compõem a comissão do Centenário Solano Trindade – Duque de Caxias. A comissão está preparando um calendário com as atividades que mobilizará os grupos artísticos da cidade para homenagear o Poeta do Povo.
Entre os eventos será organizada a Mostra multi-cultural Solano Trindade em que os grupos artísticos de Duque de Caxias desenvolverão em suas áreas apresentações baseadas na vida e obra de Solano Trindade.
A intenção levar a Mostra nos quatros distritos da cidade.Entre outras atividades culturais estamos preparando um livro com poesias inéditas de manuscritos originais que a Biblioteca Comunitária Solano Trindade recuperou que hoje faz parte de seu acervo, mas que em breve será repassado a família. E juntamente com o livro, será produzido um documentário sobre sua vida, e principalmente sua passagem por Duque de Caxias.


O lançamento do livro e a exibição do documentário encerrarão as comemorações do Centenário em local ainda a serem definidos.Solano foi um árduo defensor da liberdade, das coisas do povo, eterno lutador da arte popular, buscamos com o Centenário Duque de Caxias fazer justiça ao primeiro poeta negro, e que hoje transcende as barreiras do preconceito, se tornando o maior dos poetas que denunciavam a pobreza, opressão, injustiças e desigualdades. Por isso tudo que em 2008 lembramos o que se não for o maior dos poetas, era o Poeta do Povo.

Aniversário do Conselho Municipal de Defesa do Direiro do Negro e da promoção étnica e igualdade racial










Em Solenidade na Câmara Municipal de Duque de Caxias no último dia 16/06/08, foi celebrado o ano de existencia do Conselho Municipal de Defesa do Direito do Negro e Promoção Étnica e Igualdade racial. A Biblioteca Comunitária Solano Trindade foi uma das entidades convidadas para compor a mesa que iniciou a Solenidade, dando lugar mais tarde para os Conselheiros. Representando a BCST o Prof. Antonio Carlos, que teve a honra integrar a mesa de abertura da solenidade, e presentes estavam o grupo "Os Moleques" no salão do Plenário da CMDC

segunda-feira, 2 de junho de 2008
























Grande festa no último dia 31/05 na Biblioteca Comunitária Solano Trindade. Contamos com a presença de vários amigos e parceiros. O Instituto Histórico de Duque de Caxias, na pessoa da Prof. Tânia Amaro, vários ex-alunos do Pré vestibular para negros e carentes - Solano Trindade, para o lançamento da Revista Pilares da História número 08.
A exposição "Varal de Poesia" encantou o Cangulo com os versos de Solano Trindade grafitados, a molecada se amarrou.
Os Moleques, mandaram bem, no Funk consciente com as letras metralhadoras de Bruno Max.
Daniele, com suas meninas encantando a todos com o balé de Imbariê.
Obrigado a todos pelo apoio
Tamu Junto