terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Literatura Marginal, poesia da periferia, versos do cotidiano...

“Bom dia para todos, o sofredor,
também para quem sofre, pra quem quer ser doutor.
De Raiz a Central o trem reuni geral!
Vai juntando o pessoal.
Faz um clima na moral.
De Caxias pra lá e a maior atenção.
Quem gosta do trabalho tem que olhar a estação...
Nessas coisas de trem você sabe como é
O cara não tem sorte e com certeza vai em pé...
Na hora o tempo é curto. Quando o alarme dispara
Se não vai levar uma encravada, atrasado diante da mesa do patrão
Tendo que escutar quieto a droga do sermão
Patrão não quer saber o motivo do atraso
Não esta nem ai se o trem já vem lotado....
Peões, empregados, oficce-boys
Diaristas, domésticas, pedreiros
Estilos de vida de quem trabalha o mês inteiro
Sempre trabalhando para nunca passar o aperto
No alto relevo do trem aos trinta dias passo a vida
Bater cartão com patrão marcando em cima
Fazer o que? É a nosssa vida.



Bruno Max, Metralhadora Verbal, Marginal da Letra

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