Campo minado – Dugueto Shabazz
Uma fina cortina de sangue cobre minha retina,
Quando penso na sina desses meninos, meninas.
Sistema destina a marginalidade antes da natalidade,
O fruto da violência, a raiz a maldade.
Pequenas rosas não brotam no solo infértil,
Tempos de vida anulada e estéril.
E o que fizeram com meu jardim de jovens rosas?
Vejo algumas murchas outras já mortas.
Algumas não chegam a florescer.
Não vão ver ou ter um novo amanhecer.
Campo de rosas, campo minado nos foi dado.
Herdado esse presente por inprudente passado.
Só reconhecem o feio, enxergam erva daninha,
A natureza mais bela, criancinhas.
Irmãozinhos, irmãzinhas, famílias.
Dizimadas, julgadas culpadas pela injusta guerrilha.
No céu pipa, no chão bolinha de gude.
Na viela pega-pega, no campão o fute.
Na lousa o tédio e na tela ilusão.
Na vitrine o brilho e no do pé do ouvido um sopro de tentação
Esse processo acontece todo dia
Justiça tarda, falha enfim, não faz justiça.
Não evita o crime, só pune o crime.
Alessandro Bibiena, sistema condena crianças do Jaqueline
Duro regime, plano senzala funciona,
Infecciona sementes nos jardins da Babilônia
Jardins...devastam bairros com nome de Jardim
Antes do meio começo do fim
O amor é uma flor que quse ninguém rega
Justiça cega, me nega, me lega a entrega, me leva
É descrever esse triste quadro
Fizeram meu campo de flores, campo minado.
Segue sangue que não seca, fogo que não cessa,
Não se encerrra a guerra contra a favela.
Não aprendam com os próprios erros.
Confinados ou protegidos moramos todos em guetos.
Uma fina cortina de sangue cobre minha retina,
Quando penso na sina desses meninos, meninas.
Sistema destina a marginalidade antes da natalidade,
O fruto da violência, a raiz a maldade.
Pequenas rosas não brotam no solo infértil,
Tempos de vida anulada e estéril.
E o que fizeram com meu jardim de jovens rosas?
Vejo algumas murchas outras já mortas.
Algumas não chegam a florescer.
Não vão ver ou ter um novo amanhecer.
Campo de rosas, campo minado nos foi dado.
Herdado esse presente por inprudente passado.
Só reconhecem o feio, enxergam erva daninha,
A natureza mais bela, criancinhas.
Irmãozinhos, irmãzinhas, famílias.
Dizimadas, julgadas culpadas pela injusta guerrilha.
No céu pipa, no chão bolinha de gude.
Na viela pega-pega, no campão o fute.
Na lousa o tédio e na tela ilusão.
Na vitrine o brilho e no do pé do ouvido um sopro de tentação
Esse processo acontece todo dia
Justiça tarda, falha enfim, não faz justiça.
Não evita o crime, só pune o crime.
Alessandro Bibiena, sistema condena crianças do Jaqueline
Duro regime, plano senzala funciona,
Infecciona sementes nos jardins da Babilônia
Jardins...devastam bairros com nome de Jardim
Antes do meio começo do fim
O amor é uma flor que quse ninguém rega
Justiça cega, me nega, me lega a entrega, me leva
É descrever esse triste quadro
Fizeram meu campo de flores, campo minado.
Segue sangue que não seca, fogo que não cessa,
Não se encerrra a guerra contra a favela.
Não aprendam com os próprios erros.
Confinados ou protegidos moramos todos em guetos.
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